Cansaço nos ombros, na alma, em tudo
silêncio na voz, nos sentidos banais
que me isolam do mundo.
Sou metáfora falsa para o que não existe
pedra que se afunda num lago de cinzas
esforço inútil de vida que passa
fingindo as cantigas guardadas na infância.
Ó sonho que passas, aonde me levas
por onde o caminho que vai dar ao mar?
Sargaços envolvam e tornam minh’alma
num esforço inútil para lá não chegar.
Sou rocha vazia, oca de sentidos
na costa bravia do mar do teu sonho;
cinzas no meu peito, ténue esperança
de chegar ao cimo de um barco veleiro
que me leve a vista ao encontro da ilha
onde moras nas tardes em que já não regressas.
Promessas vazias que em ti rejeito
sem meios nem modas de se transformarem
em algo concreto que tire este nó
que me aperta o peito em laços de sangue
que por ti daria para te salvar.
Salvar-te de ti, dos medos que ostentas
no orgulho insano com que sempre me olhas.
Ó versos e rimas, cantigas que canto
tirai-me este fado que trago nos ombros
atirai-o ao vento, prendei-o nas redes
das sombras caídas ao pé da metáfora
que sou e maldigo e não quero ser.
Lu
Acerca de mim
- Maria da Luz S.
- Sou apenas um pontozinho no Universo. Não existo fora de mim ou deste espaço, alguém me criou e aqui nasci. Mas nascer é o quê, começar a existir ou a viver? Cada dia encontro uma resposta, em cada dia uma resposta diferente. Por isso nada sei do que eu sou.
terça-feira, 31 de janeiro de 2012
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
Se me contasses o sonho
que tiveste ao pé de mim
quando dormindo choravas
entre os lençóis de cetim
talvez eu acreditasse
que o segredo que guardaste
não tinha meio nem fim.
Lu
sábado, 14 de janeiro de 2012
Revolução
Ataquei o medo e
revolucionei a minha vida
ao enfrentar receios de amar e ser amada
Mas fiquei ferida
na estrada caída
Nenhum samaritano me encontrou
ninguém me ajudou
ninguém passou por essa estrada
Lu
quinta-feira, 12 de janeiro de 2012
domingo, 8 de janeiro de 2012
Coração de desejos
O coração treme desejos de amores
de aromas primaveras e flores
e eu deixo-me andar nesta impaciência
provocada pela tua ausência
Lu
sexta-feira, 6 de janeiro de 2012
Pendurei a mágoa
Pendurei a mágoa no estendal da saudade
sequei as lágrimas ao avental da agonia
que no meu peito entra e invade
este amor que morre a cada dia
Lu
sequei as lágrimas ao avental da agonia
que no meu peito entra e invade
este amor que morre a cada dia
Lu
domingo, 1 de janeiro de 2012
Ano novo
Ano novo se inicia
e cada um que começa é outro que acabará
por levar as minhas ilusões de nenhum dia
Ano novo novo início
recomeço de nada ou tudo que se esconde
metáforas de retorno e apatia
Ano novo
novíssimo ano, a estrear
e esta velha e melancólica agonia
que se recusa a me deixar
Lu
e cada um que começa é outro que acabará
por levar as minhas ilusões de nenhum dia
Ano novo novo início
recomeço de nada ou tudo que se esconde
metáforas de retorno e apatia
Ano novo
novíssimo ano, a estrear
e esta velha e melancólica agonia
que se recusa a me deixar
Lu
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