Na manhã de ontem o dia parecia
que nascia com fome. Fome de possuir
a raiz do meu viver ou quiçá a luz
dos meus sorrisos.
Escrevi na palma da mão o poema
com que acordei a primavera e o
dia respirou o fôlego do tempo.
Na tua mão o presente das coisas
as rosas esquecidas na varanda.
O dia começava a respirar os sonhos.
Maria da Luz S.