Acerca de mim

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Sou apenas um pontozinho no Universo. Não existo fora de mim ou deste espaço, alguém me criou e aqui nasci. Mas nascer é o quê, começar a existir ou a viver? Cada dia encontro uma resposta, em cada dia uma resposta diferente. Por isso nada sei do que eu sou.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Neste Natal



Neste Natal eu gostaria
de encontrar o amor que se apregoa
o amor que se diz em alta voz
nascer para nós
o amor que se espalha por aí
e nunca chega para mim
o amor que traga alguma coisa boa

Lu

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Cada Natal

Chegou o Natal
cada Natal traz-me a tristeza da solidão acompanhada
da solidão dentro da alma
da necessidade de amar e ser amada

Cada Natal traz-me o receio
e a incerteza da companhia certa
a impossibilidade de ter uma porta aberta
dentro do peito

Não me iludo
cada Natal mostra-me o inútil sentido
de cada esperança que tenho mantido
e perdido

Lu

sábado, 17 de dezembro de 2011

Hoje sais da minha vida

Espero que não te esqueças de mim
hoje sais da minha vida e fico triste

Desde sempre soube que para falares assim
comigo, com tanta raiva
era grande no teu peito a dor
que alguém cravou um dia
algures no tempo em que viveste sem mim

Mas hoje vais embora, vais-te
e eu fico aqui  sem ti  e fico triste
e tu sofres  dizes   mas eu
sofro ainda mais

Lu Serina

Cadernos

Imagem da Net

Estes cadernos que componho
enquanto espero a vida acontecer
são segredos que oculto num sonho
em que temo um dia adormecer

Lu

Vogando

Escrevo as penas que o destino me impôs
não sei qual o sentido que lhes dê
apenas pretendo descobrir marés
ou correntezas onde perca o pé

e assim vogando ou afundando
vou seguindo a vida  ou naufragando
sem sequer compreender porquê

Lu

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Escrito ao som de “Um contra todos” (concurso televisivo)

A impressão de um país não chega para se afirmar o estudo
e todas as perguntas se entrelaçam nos meus dedos

Espero o destino de comprar o teu distante escorpião
de fazer o que sabemos
carregar o calcanhar e não comprar o que devemos

Camaleão, camaleonês e sabichão
num cubo de magia tão perfeito
que não sabes e não vês na tua mão

Feiticeiro e descendente de mil fadas
que navega na distância de uma fábula
com mil feras e peluches da infância

A seguir a um sofrimento a um drama pessoal
personalidades e conceitos apresentam
o sabor de sensações que me afluem
e não compro sem saber de vãs paixões

O dinheiro não atrai as fantasias que não vivo
por pensar no teu sentir e não entendo nem pretendo evitar
o teu ciúme e ilações de um negar-me em tua vida

Lu

Lacunas

Nos espaços e lacunas onde espreito o teu sentir
entre sonhos e segredos onde pensas existir
busco a vida que não tenho e o sentir que não me dás
onde penso que existo, espectro podre de horas más

Vejo esperanças perdidas nos sentidos que não tens
por vielas escondidas em veredas de onde vens
e já não sei o teu segredo e o que escondias de mim
que o luar desses teus olhos foge em sombras sem ter fim

Busco beijos de outrora inseguros como a vida
que me guiam na quimera aos meus olhos escondida
esperanças já perdidas, bens que nunca possuí
utopias, primaveras, de onde eu nunca saí

Busco fogos, entre gelos de um corpo que morreu
entre espíritos e sombras de alguém que não nasceu
fujo à morte e busco a vida em refúgios e segredos
que preenchem as lacunas e os espaços dos meus medos

Se te sei ou não me sei ou desconheço o renascer
não encontro as respostas que me obrigo a esquecer

Lu