(Imagem da Net) |
Abri os armários da memória à procura de quem fui.
Entre sonhos e vestidos e brincos de ouro e prata
guardada estava a tristeza e
a certeza que era minha e tu roubaste.
Por isso hoje não sei. Não sei o medo que tinha
a fúria de te querer e o desejo de matar.
Já não sei esses recados que costumava mandar
pedindo carinho rosas e malmequeres.
"Mal-me-quer, bem-me-quer"...
E chorava com as flores que desfolhava por ti
e diziam, invejosas,
que não gostavas de mim.
Armários cheios de nada
tanta coisa que lá pus!
Onde as histórias contadas
à fogueira, à meia luz?
Por isso hoje não sei.
Não sei certezas de nada que dentro de mim moravam
e nas pétalas arrancadas em malmequeres mataram
o amor. Que amor? Amor, não dizes
onde guardaste a mentira
onde puseste os meus sonhos
onde escondeste a mocinha
que eu era naquele tempo?
Por isso hoje não sei.
Lu
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