Nos espaços e lacunas onde espreito o teu sentir
entre sonhos e segredos onde pensas existir
busco a vida que não tenho e o sentir que não me dás
onde penso que existo, espectro podre de horas más
Vejo esperanças perdidas nos sentidos que não tens
por vielas escondidas em veredas de onde vens
e já não sei o teu segredo e o que escondias de mim
que o luar desses teus olhos foge em sombras sem ter fim
Busco beijos de outrora inseguros como a vida
que me guiam na quimera aos meus olhos escondida
esperanças já perdidas, bens que nunca possuí
utopias, primaveras, de onde eu nunca saí
Busco fogos, entre gelos de um corpo que morreu
entre espíritos e sombras de alguém que não nasceu
fujo à morte e busco a vida em refúgios e segredos
que preenchem as lacunas e os espaços dos meus medos
Se te sei ou não me sei ou desconheço o renascer
não encontro as respostas que me obrigo a esquecer
Lu
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